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sábado, 9 de agosto de 2014

Momento Tristezas do Jeca - Quando a Noite Já ia Serena (Com Tito Paris) - Sebastião Antunes e a Quadrilha

Uma das canções mais bonitas que ouvi nos últimos tempos.





Tinha uma história que nunca contava,

trazia um quarto fechado no olhar,

E uma viagem que planeava,

mas não começava para nunca acabar.



Tinha um sorriso guardado em segredo,

mas não sorria para não o contar,

tinha uma chave que fechava o medo,

nalgum arvoredo onde não queria entrar.



E quando a noite já ia serena,

disse-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



E quando a noite já ia serena

disse-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



Tinha uma nuvem da cor do mistério,

tinha palavras da cor do saber,

tinha vontades de brincar a sério,

mudar de hemisfério para não se perder.



Tinha lembrança da cor do poente,

tinha o poente inteiro no falar,

guardava o sol no esconderijo ardente,

tão quente, tão quente, já quase queimar.



E quando a noite já ia serena

disse-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



E quando a noite já ia serena

disse-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



Trazia a paz de uma dor que se apaga,

e um calor que se quer apagar,

como quem grita do alto da fraga,

que a vida nos traga distância para andar.



Deixou correr o licor dos sentidos,

até que o dia nos veio acordar,

de mãos trocadas, de braços caídos,

achados perdidos.



Veio a manhã levezinha e serena,

cantar-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



Veio a manhã levezinha e serena,

cantar-me a frase mais terna que ouvi:

Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.



Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.


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