Tinha uma história que nunca contava,
trazia um quarto fechado no olhar,
E uma viagem que planeava,
mas não começava para nunca acabar.
Tinha um sorriso guardado em segredo,
mas não sorria para não o contar,
tinha uma chave que fechava o medo,
nalgum arvoredo onde não queria entrar.
E quando a noite já ia serena,
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
E quando a noite já ia serena
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
Tinha uma nuvem da cor do mistério,
tinha palavras da cor do saber,
tinha vontades de brincar a sério,
mudar de hemisfério para não se perder.
Tinha lembrança da cor do poente,
tinha o poente inteiro no falar,
guardava o sol no esconderijo ardente,
tão quente, tão quente, já quase queimar.
E quando a noite já ia serena
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
E quando a noite já ia serena
disse-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
Trazia a paz de uma dor que se apaga,
e um calor que se quer apagar,
como quem grita do alto da fraga,
que a vida nos traga distância para andar.
Deixou correr o licor dos sentidos,
até que o dia nos veio acordar,
de mãos trocadas, de braços caídos,
achados perdidos.
Veio a manhã levezinha e serena,
cantar-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
Veio a manhã levezinha e serena,
cantar-me a frase mais terna que ouvi:
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui.
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