Gavião-carijó (Rupornis magnirostris), fotografado no bairro de Vila Mariana em São Paulo - foto de Luiz Álvaro de Toledo Barros Jr. |
Zona Leste é dos gaviões
Aves de rapina fazem campana em antena de TV e dominam a laje de casal que mora na Mooca
HENRIQUE DA COSTA ZAMITH
Há cerca de um mês e meio, segundo Caroline, o casal de gaviões-carijós fica de campana na antena de TV do telhado. Quando alguém sai para o quintal, os gaviões dão o bote.
"Não posso estender a roupa nem ir para o quintal que eles atacam", afirma Caroline, que está preocupada com o filho de 6 anos, que joga bola bem ali.
A situação, de acordo com ela, está ficando cada vez pior. "No começo era somente quando íamos estender as roupas na laje. Agora, eles têm atacado até quando vou tirar o lixo do quintal", reclama Caroline.
Quando o DIÁRIO visitou a casa de Caroline, um dos gaviões atacou o repórter duas vezes.
Autoridades
O ornitólogo e professor da USP, Luis Fábio Silveira, especialista em aves, confirma as informações do Ibama. "Não há muito o que fazer, pois é a defesa do ninho. Isto acontece no período reprodutivo, que dura geralmente um mês e meio. Infelizmente, as pessoas têm que se adaptar a isso", diz.
Espécie se adapta a centros urbanos
O tipo mais comum em São Paulo é o gavião-carijó. Além de se adaptar muito fácil em centros urbanos, ela encontra uma grande oferta de alimentos e abrigos.
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