Ei, pintassilgo. Oi, pintaroxo, Melro, uirapuru. Ai, chega-e-vira, Engole-vento, Saíra, inhambu. Foge asa-branca. Vai, patativa, Tordo, tuju, tuim. Xô, tié-sangue. Xô, tié-fogo. Xô, rouxinol, sem fim. Some, coleiro. Anda, trigueiro. Te esconde colibri. Voa, macuco. Voa, viúva, Utiariti. Bico calado. Toma cuidado. Que o homem vem aí. O homem vem aí!
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sexta-feira, 15 de maio de 2009
Canário-da-terra (Sicalis flaveola)
Canário filmado na Pousada Refúgio da Ilha em Miranda, pantanal do Mato Grosso do Sul.
"Uma das aves mais conhecidas no país por ser mantido em gaiolas. A pressão de captura já ocasionou o seu desaparecimento de várias áreas. Também a alteração ambiental é um fator negativo em parte de sua antiga ocorrência. Apesar disso, coloniza áreas de chácaras e fazendas onde não é capturado. Além do canto, procurado para as rinhas de briga de canários. Essa utilização ilícita é feita aproveitando-se a combatividade natural da espécie no período reprodutivo. Cada casal estabelece um território, com os machos e fêmeas atacando os respectivos sexos para afastá-los do local.
Faz seus ninhos em ocos, buracos em paredes, forros ou nos ninhos de joão-de-barro abandonados. Leva palhas, penas e outros materiais para tecer uma tigela no interior do buraco, chocando até 4 ovos. O macho canta seguidamente, declarando o território ocupado. É um canto formado por várias sílabas altas, repetidas seguidamente (chamado de canto de estalo), com interrupções no meio e retomadas.
A fêmea também canta.
Os pais alimentam os filhotes e esses saem do ninho parecidos com a fêmea. Conforme a região do país existe uma plumagem diferente. No Pantanal, as fêmeas são levemente mais escuras do que os juvenis, tendo penas amareladas no corpo, asa e cauda, além das laterais do corpo fortemente riscadas. Já os machos pantaneiros são de plumagem onde o amarelo domina, com tom esverdeado nas partes superiores. Nessa região há uma série de riscas negras. Na cabeça, sobre os olhos, o cartão de visitas da espécie com o forte laranja de próximo ao bico, tornando-se amarelo em uma listra superciliar."*
* texto do biólogo Paulo de Tarso Zuquim Antas
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