(foto de Haroldo Palo Jr.)
O periquito-de-cabeça-preta é mais conhecido como príncipe-negro, um nome bem menos prático, mas muito mais bonito.
É o periquito típico das áreas de Chaco do centro do continente. O Pantanal é o seu limite norte e leste de distribuição. Podem ser observados em vários ambientes abertos, sujeitos à inundação periódica. Possuem, preferência, no entanto, pelos carandazais (a associação entre palmeiras carandás).
O contraste entre o negro de grande parte da cabeça e bico com o verde do corpo é sua característica principal, sendo uma combinação de cores rara entre os psitacídeos. O peito é levemente azulado, com os calções vermelhos (foto). As longas penas das asas e cauda são negras.
(foto de Haroldo Palo Jr.)
Vive em bandos de poucos até dezenas de indivíduos. Mesmo no período reprodutivo, continua a viver nessas associações. Vários príncipes-negros inspecionam um potencial oco antes da postura dos ovos. Postura de 4 ovos; é desconhecido se mais indivíduos auxiliam o casal a tomar conta dos ovos e filhotes.
Comem frutos, coquinhos, flores e sementes, algumas vezes no solo. Gostam de mangas amadurecendo. Geralmente, pousam em arbustos baixos. Qualquer sinal de alarme dado no grupo faz com que todos levantem vôo e circulem a área. Seus gritos são fortes, altos, graves e parecidos com a jandaia-coroinha.
Ei, pintassilgo. Oi, pintaroxo, Melro, uirapuru. Ai, chega-e-vira, Engole-vento, Saíra, inhambu. Foge asa-branca. Vai, patativa, Tordo, tuju, tuim. Xô, tié-sangue. Xô, tié-fogo. Xô, rouxinol, sem fim. Some, coleiro. Anda, trigueiro. Te esconde colibri. Voa, macuco. Voa, viúva, Utiariti. Bico calado. Toma cuidado. Que o homem vem aí. O homem vem aí!
Um comentário:
Maravilha, Luiz Álvaro, como sempre postagens muito bacanas. Até
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