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sábado, 27 de dezembro de 2014

Passarinho, poesia, música - Saracurinha Três-Potes - Cândido Canela / Téo Azevedo, interpretado por Pena Branca e Xavantinho




Saracurinha três-potes, bonita e voa serena

Cantora do meu sertão, saudade feita de pena

É o relógio sertanejo quando a tarde vai morrendo

Despertar da madrugada quando o dia vem nascendo.



Seu canto tem a mistura, alegria e tristeza,

A flauta que Deus lhe deu pelas mãos da natureza

À tardinha ela canta junto a ave-maria

Ai, outra vez nos encanta quando vem rompendo o dia.



Saracurinha três-potes dueto concerto alado

Saudade feita de pena lembrança do meu passado

És a rainha do brejo, de coração e garganta,

Um lírio da madrugada, a flor cheirosa que canta.



És a princesa das águas, trovando quando ela voa,

Pondo um pouco de alegria, nas tristezas da Alagoa.

És a ternura da tarde, quando a noite vem chegando,

A lagartinha de fogo, os pirilampos voando.



À noite canta o curiango, joão-corta-pau no cerrado,

Pulando a beira da estrada, cantando de lado a lado.

És a manhã de orvalho, de sol mansinho beijada,

Abrindo a boca ainda quente dos beijos da madrugada.

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