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quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Feliz Futuro

Recebi esta imagem num e-mail, não sei se ela é realmente verdadeira ou montagem mas, de qualquer forma, é sensacional.
Ela demonstra tudo o que eu quero no futuro, por enquanto este futuro de agora, que a gente chama de 2008 D.C.. O que eu quero para mim e para você, que milagrosamente resolveu ler isto agora.
O que eu quero prá nós é:
- apreciar muitas vezes o sol se pondo;
- sentir uma imensa paz e satisfação de valorizar um pôr do sol, e poder constatar: que dia maravilhoso, sou o cara mais feliz da terra;
- apreciar aves voando, garças, tuiuíus, cabeças-secas, guarás, periquitos, papagaios, biguás, tucanos, araras, urubus, gaviões, bicos-de-lacre, saíras, .....

sábado, 15 de dezembro de 2007

Concurso de fotos e desenho


A ONG Amigos das Aves de Barra do Piraí/RJ e Região (AABP) está com inscrições abertas para o seu 4º Concurso de Fotografia e Desenho.

O concurso tem como tema "As Aves Brasileiras em seus mais diversos habitats" e está dividido em 2 categorias fotográficas e 3 categorias desenho.

Neste ano a ONG terá cerca de 50 prêmios distribuídos entre as categorias entre livros, CDs, colete fotográfico, DVDs, entre outros.

As imagens devem ser enviadas até o dia 28 de fevereiro valendo o carimbo dos correios para o AABP, localizado à Rua Moreira dos Santos 86, Centro - Barra do Piraí - RJ, CEP 27135-030.

O Regulamento e a Ficha de inscrição estão disponíveis no site: http://www.amigosdasaves.org/ na seção concursos.

Para o pessoal do Rio terá uma Menção Honrosa Rio de Janeiro que dará direito a 2 diárias na Pousada Paraíso em Petrópolis.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Enquanto esse velho trem atravessa o Pantanal

As águas do Pantanal com a Serra do Amolar
Foto: Margi Moss
Em carne e osso, o ilustre desconhecido

Marcos Sá Corrêa*

O País pode não ter percebido, mas, outro dia, enquanto modorrava no Senado a CPI das ONGs embrulhadas nas contas do governo, o veterinário Adalberto Eberhard trouxe para o Brasil mais um prêmio internacional de Meio Ambiente, entregue em Toronto pela Wango, a Associação Mundial das Organizações Não Governamentais.
A Wango tenta, uma vez por ano, separar o que os políticos confundem. Seu programa, em 2007, incluía debates sobre as tentações éticas que rondam as ONGs, como esconder com boas intenções a contabilidade mal-intencionada ou perder o olho crítico para os erros de quem as patrocina. Em Toronto, elas estavam em casa. Mas nem por isso voltaram ilesas. Elogio puro só para cinco premiados no mundo inteiro. Como Adalberto Eberhard, fundador da Ecotrópica, responsável pelos 54 mil hectares de três reservas particulares - as do Acurizal, do Dorochê e da Penha - num ponto do Pantanal Mato-Grossense onde a Serra do Amolar irrompe da planície encharcada, quase na fronteira com a Bolívia.
Não foi à toa que a platéia destacou na palestra de Eberhard as fotografias, “de tirar o fôlego”. O Acurizal é um dos lugares mais bonitos e mais remotos do território brasileiro. E Eberhard o conhece como se fosse o fundo de sua casa. Transferiu-se para a região na virada dos anos 80, com a primeira equipe que estudou a sério as onças pantaneiras, sob o comando do biólogo americano Peter Schaller. E nunca mais conseguiu tirar o pé de lá inteiramente.
Morou acampado nas barrancas do Paraguai. Criou uma filha em barraca. Mergulhou em rios que hoje, assoreados, se deixam cruzar a pé. Incomodou traficantes que usavam a pista de pouso no Acurizal como rota do contrabando de cocaína. Fundou a Ecotrópica com os US$ 50 mil de um prêmio que ganhou na Alemanha em 1989. Com US$ 3 milhões doados pela ONG The Nature Conservancy, comprou as fazendas que devolveram ao Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense as bordas que escaparam à desapropriação pelo governo.
Isso feito, carregando um currículo cheio de prêmios, incluindo o Henry Ford de Conservação, chegou aos 50 anos sem seguro de saúde, plano de aposentadoria ou emprego fixo. Ele é filho de um alemão que migrou para o Rio Grande do Sul, achando que assim viveria cercado de florestas tropicais. Eberhard meteu muito cedo na cabeça que faria Veterinária, para cuidar de animais silvestres. À falta de aulas para isso na universidade, abriu o caminho da especialização trabalhando em zoológicos. Houve época em que os jornalistas estrangeiros que vinham ao Brasil atrás de vida selvagem fotografavam sua primeira jaguatirica no quintal da Ecotrópica, em Cuiabá. Ele nunca conseguiu ser exclusivamente um pesquisador de campo. Não se conformava com o estudo de bichos condenados a desaparecer de uma paisagem exuberante, mas vulnerável, sensível a qualquer mudança brusca, a começar pela dos ciclos naturais que regulam o regime de cheias no Pantanal.
Em outras palavras, Eberhard fez tudo como manda o figurino para ser exatamente o que é - uma celebridade internacional, citada, por exemplo, nos livros de Frans Lanting, o Sebastião Salgado das fotografias de natureza, escondida por trás de um brasileiro praticamente desconhecido. Poderia se queixar muito da vida se não tivesse coisa mais importante para dizer cada vez que alguém lhe dá ouvidos. Ele está convencido de que, se o Brasil não tomar providências enquanto é tempo, o Pantanal perderá em poucas décadas o que suas águas levaram milhões de anos para fazer. E, quando pode, reclama disso.
* É jornalista e editor do site O Eco (http://www.oeco.com.br/)

Almir Sater cantando "Trem do Pantanal"


sábado, 8 de dezembro de 2007

Sonata para um homem bom


Esta postagem não é sobre aves e nem sobre meio-ambiente, mas é um assunto biológico. É sobre nós, homo-sapiens.

Ontem assisti e RECOMENDO, MUITO, o filme "A Vida dos Outros" (das Leben Der Anderen, Alemanha, 2006). Oscar de melhor filme não falado em inglês deste ano.


NÃO PERCAM.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ninhos de ouro


Na Revista National Geographic Brasil de outubro 2007, numa reportagem sobre o Estreito de Málaca, que fica na Ásia, entre a Malásia e a Indonésia, o autor (Peter Gwin) escreve num trecho uma passagem muito interessante, sobre os ninhos de andorinhões.

"Os primeiros sons que se ouvem ao caminhar de manhã pelas estreitas avenidas de Jodoh são os silvos dos andorinhões. Nem os vendedores, que apregoam frutas, roupas de segunda mão e eletrodomésticos usados, podem competir com a retumbante cantoria dos pássaros. Mas esse é um dos muitos engodos de Jodoh: os chamados para acasalamento são gravados e transmitidos por alto-falantes para atrair andorinhões de verdade. As aves vêm, constroem ninhos nos andares superiores vazios de muitos prédios, e esses ninhos são vendidos por centenas de dólares a restaurantes que servem sopa de ninho."



sábado, 24 de novembro de 2007

Esses PPS´s carregados e suas fotos maravilhosas

Dias atrás recebi mais um desses arquivos com extensão pps, com fotos de um suposto fotógrafo alemão de nome Laoen. As fotos são de babar e aparentemente todas verdadeiras, pois, vira e mexe, aparecem umas fotos incríveis de mais para serem de verdade.
Separei para exibir aqui algumas fotos muito legais de aves.






sábado, 17 de novembro de 2007

Sabiá-da-praia (Mimus gilvus) ataca pedestres numa avenida de Salvador

Esta notícia apareceu no Jornal Hoje de 17/11/2007.

"Sabiá fez ninho em árvore na cidade e a calçada virou território exclusivo. Para escapar da ave, é necessário andar do outro lado da via.

Pedestres desavisados são atacados de surpresa por um passarinho feroz na calçada de Salvador. É um sabiá que resolveu construir o ninho na cidade e não admite intrusos perto do novo lar.

A ave podia escolher um cantinho à beira-mar e passar as tardes no sossego. Mas ela resolveu criar seus filhotes em um ponto movimentado da capital da Bahia.

A árvore virou um lar depois que o ninho ficou pronto. A calçada embaixo dela acabou se transformando em um território exclusivo. Quem passa pelo trecho, é atacado.

Para quem anda sem capacete, desafiar a fúria do novo dono do pedaço não é uma boa idéia. A solução é passar para o outro lado da via.

veja o vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM755707-7823-N-PASSARO+ATACA+PEDESTRES+EM+AVENIDA+DE+SALVADOR,00.html

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

De verdade, entardecia. Derradeira arara já revoava.

Após alguns dias de férias muito bem aproveitadas, volto a postar.

Para recomeçar publico uma nota que saiu no Estadão, na seção "retratos rurais" de uns dias atrás.


Araras viram atração
foto de Jocelen Ramires dos Santos

Segundo conta o morador de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo (veja a localização da cidade no mapa abaixo), Vasco de Figueiredo, casais de araras (arara-canindé, ara ararauna, blue-and-yellow Macaw) escolheram a estância turística para viver e estão fazendo a alegria de moradores e atraindo a curiosidade de turistas. Escolheram o tronco de velhas palmeiras imperiais, bem no centro da cidade, para construir seus caprichados ninhos. Chegaram a Santa Fé fazendo a maior algazarra, querendo ser notadas, há pelo menos quatro meses e, desde então, pelo menos cinco delas ali "fixaram residência".

Para quem nunca viu uma arara passar voando sobre sua cabeça, ou ver de cima uma arara voando, está perdendo um dos espetáculos mais emocionantes que a natureza pode proporcionar. É um momento sublime. Ver uma arara, qualquer uma, voando num céu limpo é sentir a felicidade, mesmo que por apenas alguns segundos.


View Larger Map

sábado, 29 de setembro de 2007

5 de outubro, Dia da Ave

Para comemorar o dia da ave deste ano o pessoal do Avistar preparou uma promoção:
Faça sua lista de aves e concorra a 3 super livros.
3 passos para participar:
1. Preencher o cadastro
2. Listar 15 aves de sua preferência
3. Observar aves pelo menos um dia durante a semana de 30 set a 06 outubro, fazer a lista de aves observadas e enviar para a promoção.

Participe aqui: Avistarbrasil

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Garoto propaganda

Quem diria onde foi parar o temido Caracará (Caracara plancus), aquele que avoa que nem avião, que é um pássaro malvado, que tem o bico volteado, e que pega mata e come.
Virou garoto propaganda de condomínio residencial de classe-média.
Pensando bem até que vem a calhar, pois o Caracará é uma ave bem adaptada à presença humana, e vai ter muita comida nos lixos das casas. Esses empreendedores imobiliários e os seus marqueteiros tem a caracará de pau de roubar o espaço que ainda resta de natureza, e ainda botar os perdedores para ilustrar a propaganda.

sábado, 15 de setembro de 2007

Passarinhos no fio

Sempre que vejo um cena como esta aí acima, que fotografei em Poconé, no Pantanal do Mato Grosso, lembro de um desenho curtinho da PIXAR, que passava, se não me engano, antes do "Monstros". Reveja

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Convite

Gostaria muito de ir, mas...

Estimados miembros y amigos:

Tenemos el agrado de invitarles al próximo Curso de Observación de Aves Playeras a realizarse el 29 y 30 de septiembre de 2007.

Atentamente,
Sociedad Audubon de Panamá
Llanos de Curundu Casa 2006-B
Telefax (507) 232-5977
audupan@cwpanama.net / info@panamaaudubon.org
www.panamaaudubon.org

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O Homem e o Passarinho

Foto de David Eppstein
Bonobo (pan paniscus) - primata da família Hominidae. Distingue-se por uma postura ereta, uma cultura matriarcal e igualitária, e o papel proeminente da atividade sexual em sua sociedade. Estudos genéticos apontam que os bonobos são os animais mais próximos dos humanos.





Estorninho (Sturnus vulgaris) - é um pássaro da família dos esturnídeos, nativo da Eurásia e introduzido na América do Norte, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia.




Quando uma bonobo chamada Kuni viu um estorninho trombar com a vidraça de sua jaula no Zoológico de Twycross, na Grã-Bretanha, foi ajudá-lo. Pegou o atordoado passarinho e com delicadeza o pôs em pé. Ao ver que ele não se mexia, deu-lhe um empurrãozinho, mas ele só agitou as asas. Kuni então subiu ao topo da árvore mais alta com o estorninho(...). Cuidadosamente, desdobrou-lhe as asas até abri-las bem, segurando-as entre seus dedos, após o que lançou o passarinho pelos ares (...). Mas ele não ultrapassou a barreira e aterrisou na beira do fosso. Kuni desceu da árvore e montou guarda por muito tempo ao lado do estorninho, protegendo-o de um jovem bonobo curioso (...).
O modo como Kuni lidou com a ave foi diferente de qualquer coisa que ela teria feito para ajudar outro primata. Em vez de seguir algum tipo de comportamento automático, ela adaptou seu auxílio à situação específica daquele animal totalmente diferente dela própria. (...) Esse tipo de empatia quase nunca é observado em animais, pois depende da capacidade de imaginar as circunstâncias do outro. Adam Smith, o pai da economia, deve ter tido em mente ações como a de Kuni, embora não executadas por um primata não-humano, quando, há mais de dois séculos, nos legou a mais duradoura definição de empatia: “imaginar-se no lugar do sofredor”.

Trecho do livro Eu, primata de Frans de Waal, um dos primatólogos mais respeitados do mundo.

Nossa empatia com as aves vem de longa data.

O modo como a Bonobo lidou com o estorninho também revela outra noção, que o autor não menciona no livro, a noção da liberdade.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Gavião-real terá vôos monitorados

foto: Araquém Alcantara
Um gavião-real fêmea (Harpia harpyja) será o 1.º no País a ter seus vôos de quilômetros de distância pelos céus da Amazônia monitorados via satélite durante 4 anos. Um radiotransmissor foi instalado pela equipe de Tânia Sanaiotti, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

O gavião-real, ou harpia, é a ave mais imponente da floresta. Predador voraz, vive no topo das árvores, a mais de 50 metros de altura, de onde mergulha para os galhos mais baixos atrás de presas como roedores ou pequenos macacos. O desmatamento e a alteração de seu habitat o colocaram na lista dos animais em risco de extinção por mais de uma década.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Sabiá Albino

Já tinha ouvido falar de um Sabiá albino, mas nunca tinha visto nem ao vivo nem em foto. Uns dias atrás um amigo, que mora no bairro de Planalto Paulista, aqui em São Paulo, me ligou contando que no jardim da sua casa apareceu um pássaro todinho branco, e que não era uma pomba. Pelo tipo, pela barriga e pelo bico ele achava que podia ser um Sabiá.
Vejam a foto, que beleza.

Foto de: Adolfo Machado de Mendonça

Tentei achar mais informações mas não encontrei. Encontrei apenas um vídeo de um sabiá albino.


domingo, 26 de agosto de 2007

Onde cantam os sabiás

Final de agosto em São Paulo. O calor começa a voltar. Os dias começam a ficar mais compridos. Muitas árvores já começam a frutificar. Insetos se reproduzem. Pássaros começam a montar seus ninhos. E, claro, os sabiás não param de cantar. Nas madrugadas, quando a cidade, finalmente, diminui seus barulhos, ouve-se em vários volumes, escalas e variações os sabiás-laranjeira cantando e demarcando seu território. Dizem que um sabiá não canta igual ao outro. Eu acho que é verdade. Cada sabiá tem sempre uma variaçãozinha, uma esticada, uma notinha diferente, um novo piado que avisa: -desse jeito só eu canto.
O sabiá aqui do pedaço parece que a cada ano inventa uma nova canção. Hoje a tarde eu filmei uma de suas apresentações. Para quem gosta do canto do Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) vale a pena ouvir e ver.

sábado, 18 de agosto de 2007

Show da natureza - Aves-do-paraíso (Paradise birds)

(paradisaea rubra)
A Revista National Geographic Brasil de julho 2007 apresentou um artigo sobre uma família de aves que eu não conhecia, as Aves-do-paraíso. Supra-sumo da extravagância da natureza, em termos de aspecto e também comportamento.

(cicinnurus magnificus)

São encontradas, na natureza, apenas na Oceania.
São 40 espécies. Duas nas Ilhas Molucas, 4 na Austrália e 34 na Nova-Guiné. O artigo da revista é sobre as espécies da Nova-Guiné.

As aves-do-paraíso descendem de ancestrais parecidos com os corvos. Pelo que pude ver pode-se dizer que são de certa forma, de longe, assemelhadas com nossas espécies da família icteridae.

Vejam mais algumas fotos copiadas do site da National Geographic e no final um vídeo. O vídeo tem narração em japonês (esqueçam a narração e curtam as imagens).
(paradisaea rudolphi)

(pteridophora alberti)

(cicinnurus respublica)

(paradiseae rudolphi)

(astrapia stephaniae)

(paradisaea rubra)

(seleucidis melanoleuca - ave-do-paraiso-doze-arames)

(cicinnurus regius)

(paradisaea decora)

Todas as fotos são da National Geographic - fotógrafo Tim Laman

domingo, 12 de agosto de 2007

Bem-te-vi, o terrível

O Bem-te-vi é realmente um pássaro terrível, não é a toa que o nome científico de sua família é Tiranidae, que tem origem em tyrannus, que significa: tirano, déspota, rei, em referência à crista ou coroa das espécies desta família e, principalmente, pelo seu comportamento sempre agressivo.
Estou escrevendo isto pois fui testemunha hoje pela manhã, no quintal de casa, de mais uma sacanagem do Bem-te-vi. O coitado do cambacica, que tem quase um terço do tamanho do bem-te-vi, estava montando seu ninho na grumixameira. O cara de pau do bem-te-vi a cada juntada de palhinha que os cambacicas traziam e costuravam, se metia no ninho roubava tudo e ia embora montar o seu. O estranho é que os cambacicas apesar de serem roubados a todo instante não pararam de trazer palhinhas e nem mudaram o local da constução do ninho. Pelo jeito eles sabem que depois do bem-te-vi roubar tudo que precisa para montar seu ninho ele os deixa em paz para montar o deles. É a natureza.

Esta primavera promete. Além de bem-te-vis e cambacicas já estarem preparando seus ninhos, os sabiás-laranjeira já estão cantando toda madrugada e fim-de-tarde, desde o começo de agosto. As amoreiras já estão carregadas, só amadurecendo as frutinhas. A goiabeira resolveu goiabar desde já e a pitangueira está preparando uma floração histórica.

sábado, 4 de agosto de 2007

Resta-nos vender soja e mostrar a Amazônia aos estrangeiros?

Reproduzo a seguir um artigo de José C. Azevedo, doutor em física pelo MIT e ex-reitor da Universidade de Brasília(UNB).
O artigo foi publicado no Estadão de 01/08/2007. Vale a pena.

O nome da crise

José C. Azevedo

A revista Le Nouvel Observateur da segunda semana de janeiro deste ano publicou o artigo Les milliards de Harvard (Os bilhões da Harvard), que revela fatos importantes para as universidades brasileiras.O fundo (endowment) que administra as doações feitas a Harvard possuía então US$ 30 bilhões; mais da metade dos 425 maiores doadores são ex-alunos e filhos de ex-alunos dessa instituição que possui 45 Prêmios Nobel entre seus ex-estudantes, ex-professores e atuais professores. A uns quatro quilômetros da Harvard está o Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde tal relação é de 62 Prêmios Nobel. O endowment da Harvard reúne 10.800 fundos e o primeiro deles surgiu em 1649, 13 anos após a sua criação; só a Harvard Business School recebeu em 2006 cerca de US$ 600 milhões em doações. Os fundos das dez universidades mais ricas dos EUA ascendem a US$ 180 bilhões, mais de 10% do produto interno bruto (PIB) da França, observou a revista.Em março de 1997 o Bank Boston publicou o relatório MIT - the Impact of Innovation, sobre resultados das atividades do MIT: naquele ano, havia 4 mil companhias pertencentes a oriundos do MIT, que empregavam mais de 1 milhão de pessoas e geravam lucros anuais superiores a US$ 232 bilhões; entre elas estão a Hewlett Packard, Intel, Raytheon, National Semiconductor, Texas Instrument e McDonald Douglas; 1.065 empresas do Estado onde se encontra o MIT empregavam 353 mil pessoas e geravam lucros anuais de US$ 53 bilhões.Há alguns meses os físicos M. Tegmark e J. A. Wheeler revelaram que, no ano 2000, cerca de 30% do PIB americano (isso corresponde a umas seis vezes o PIB brasileiro) decorreu de invenções que se fundamentam na teoria dos quanta, o que comprova as palavras do Prêmio Nobel S. Weinberg em seu livro Facing up, Science and its Cultural Adversaries (Harvard University Press. 2001): 'Estou convencido de que sem as nossas grandes universidades de pesquisa teríamos de nos manter nos EUA plantando soja e mostrando o Grand Canyon a turistas alemães e japoneses.'Entre as instituições que classificam universidades, o Instituto de Educação Superior da Universidade Shanghai Jiao Tong, na China, usa informações sobre a qualidade aferida pelo número de alunos, ex-alunos e professores que receberam a Fields Medal, o Nobel e prêmios semelhantes; os artigos publicados na Science e na Nature, por exemplo, e os listados no Science Citation Index e no Social Science Citation Index. Ele as classificou até a centésima posição e, a partir daí, as posicionou entre limites: no rol das 30 melhores há 22 norte-americanas, 4 inglesas, 2 japonesas, 1 canadense e 1 suíça - a USP ficou entre a 153ª e a 200ª e a Unicamp, entre a 300ª e a 400ª.Dom Pedro II governou o Brasil por 49 anos, quando éramos um dos países mais importantes do mundo e o imperador era exemplo de honradez, sabedoria e cultura. Foi a nós que os EUA recorreram para ajudá-los a vencer a guerra contra a Espanha e para isso lhes vendemos três cruzadores, rebatizados com os nomes USS Olympia, USS Maine e USS Oregon. Quanto a dom Pedro II, morreu pobre ('o tempora, o mores'...), num quarto de um modesto hotel em Paris, e foi o governo da França que lhe prestou as honras de chefe de Estado, sob protestos do embaixador brasileiro em Paris. Segundo os jornais da época, 'havia tanta gente nos funerais do imperador quanto nos de Victor Hugo'. Por que o Brasil é tão atrasado em relação aos EUA e por que, desde o fim do Império, eles se desenvolveram tanto e nós somos atrasados? Muitos atribuem isso à descoberta do carvão e do petróleo naquele país, mas o sensato é concordar com Weinberg e dizer que isso se deve à falência da educação brasileira, que é hoje uma das piores do mundo. Apesar disso, nada abala o poder público.Na aula inaugural dos cursos da Faculdade Nacional de Direito, proferida em 1955, sobre A Educação Jurídica e a Crise Brasileira, San Tiago Dantas alertou: 'A sociedade brasileira de hoje oferece um exemplo perfeito da crise determinada pela perda de eficácia ou poder criador da classe dirigente. Os que se acham no comando da sociedade perderam gradualmente o poder de encontrar soluções para os problemas, não só para os problemas criados pelo meio físico e pelas exigências da civilização material, como para os problemas de autogoverno da sociedade, inclusive o da transmissão de seu acervo cultural através da educação. A incapacidade da classe dirigente para criar, assimilar, executar e adaptar as técnicas necessárias ao controle do meio físico e do meio social já permitiu que se iniciasse entre nós, sobretudo nos centros urbanos e nas regiões mais adiantadas, onde a pressão dos problemas irresolvidos se faz sentir com maior intensidade, o processo de secessão da classe dirigida... Quando fracassa a classe dirigente na sua função específica de resolver problemas e de manter em uso as técnicas de controle da sociedade e da natureza, cabe um papel histórico às universidades e às escolas, pela capacidade que deve ter toda corporação estudiosa de se desprender, pelo raciocínio, dos processos sociais de que participa, e medir a sua extensão, verificar o seu sentido e apontar os meios de retificá-los.'No Brasil, reitorias são invadidas, há greves sem fim e ameaças de invasões em larga escala em agosto; o patrimônio público é dilapidado, alunos agem como vândalos e agridem professores, o ensino fundamental faliu, seus professores são mal pagos e faltam bibliotecas e laboratórios. Leis e decretos surgem em catadupas e nada alteram. Qual a influência de cada universidade pública na economia brasileira? Resta-nos vender soja e mostrar a Amazônia aos estrangeiros?

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Vida dura!

Duas fotos copiadas no UOL, que mostram a dura convivência das nossas queridas aves com a "natureza" inventada pelos Homo sapiens.
Ave (Psitacídeo impressionante) agarra uma nota de dinheiro que foi doada ao zoológico de Bancoc para melhorar as condições de tratamento dos animais

Barbara Walton/EFE

Reflexo
Uma ave tenta se enfrentar na própria imagem refletida no para-choques de um carro.

sábado, 21 de julho de 2007