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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Jaguars in Brazil: The cream of cats

O Eco.Net

As melhores notícias dos outros sobre o Meio Ambiente.

Simples assim

21.01.2008 Quem estiver interessado em avistar onças e mais onças pode pôr a mochila nas costas e iniciar uma expedição pelo Pantanal do Mato Grosso. É o que garante o jornal The Daily Telegraph. Segundo o diário britânico, a região abriga cerca de 7 mil felinos, e ao fim de dez dias de andanças, o turista chega a ficar “cansado” de tanto ver onças. O assunto ganhou a capa do caderno de turismo do Daily Telegraph, que relata haver um “novo ramo de turismo” no Brasil com a intenção de “persuadir a população do Pantanal de que esse grande gato é mais valioso vivo do que morto”. O sistema para avistar os animais, conta o jornal, é “simples” e “brilhante”: caçadores são contratados, rastream a localização exata dos felinos e avisam aos guias que estão à frente dos ecoturistas.
fotos do Pantanal de Getty images

domingo, 20 de janeiro de 2008

2º Concurso Avistar de Fotografia

Pessoal, vamos tentar de novo?


O 2º Concurso Avistar – Itaú BBA de Fotografia "Aves Brasileiras" premiará as melhores imagens de aves brasileiras, fotografadas em liberdade. As fotografias serão selecionadas por um júri internacional e exibidas durante o Avistar2008 – Encontro Brasileiro de Observação de Aves a se realizar nos dias 22 a 25 de Maio.

A rica e diversificada avifauna brasileira motiva um número cada vez maior de praticantes da fotografia de aves. Em sua edição anterior o Concurso Avistar Itaú-BBA obteve aproximadamente 5000 inscrições e premiou registro de aves raríssimas, algumas fotografadas pela primeira vez na história.

As inscrições serão abertas em 20 de janeiro e encerradas em 25 de março. Os interessados podem obter mais detalhes e se inscrever on line pelo site www.avistarbrasil.com.br/concurso.

A comissão julgadora será composta por Josep Del Royo, editor e criador do Handbook of Birds of the World e membro do Conselho Mundial da BirdLife International, Marcos Sá Corrêa, jornalista e fotógrafo, editor da revista Piauí e do site O ECO e Luiz Fábio Silveira, Prof. do Departamento de Zoologia, Universidade de São Paulo e Curador Associado do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. A comissão técnica será composta por Millard Schiller, Hilton Ribeiro e Luis Fernando Figueiredo.

Os fotógrafos, profissionais ou amadores que forem premiados dividirão uma premiação total de R$ 62 mil distribuídos em 3 categorias: 1) Melhor Foto (escolhida pela qualidade fotográfica), Melhor Registro (considerando-se o interesse ornitológico, raridade e o momento da foto) e Primeiras Aves (fotógrafos iniciantes)

Além dos três primeiros premiados em cada categoria, estão previstas 24 menções honrosas, além de três prêmios especiais, definidos a critério do juri..

Serviço:

Incrições on-line: www.avistarbrasil.com.br/concurso
Datas: 20 de Janeiro a 25 de Março


Guto Carvalho
Coordenação – Avistar2008

guto@avistarbrasil.com.br
www.avistarbrasil.com.br

5511 3023 5315
5511 9106 4089

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Febre Amarela - A República, a doença e a cidade fantasma

Ótimo artigo de Estáquio Gomes (do Jornal O Estado de São Paulo de 14/01/2008)

A República, a doença e a cidade fantasma

Eustáquio Gomes*
*É jornalista e autor de ‘A febre amorosa’ e ‘Viagem ao centro do dia’, entre outros livros.

O ano de 1889 foi duplamente crucial para Campinas, já então o principal núcleo urbano do interior paulista. Era o ano da República. E os republicanos eram numerosos na cidade. Depois, no auge da comoção política, estava desidratada e enfraquecida demais para tirar proveito disso: uma epidemia de febre amarela tinha varrido suas ruas, reduzindo a população de 35 mil para pouco mais de 3 mil habitantes.
Não que tenha havido tantas mortes: quem pôde fugir, fugiu. Só ficaram mesmo os muito pobres, os obstinados e os que tinham o dever de ficar. Fugia-se em tílburis, charretes, carros de boi e pela bitola estreita da Mogiana e da Paulista, as vias férreas que irrigavam a economia local, dominada à época pelos barões do café, como antes o fora pelos barões do açúcar.
Era uma cidade onde se lia Zola no original e que, em certa época, chegaria a ter 800 pianos. Circulavam dois jornais diários, já se falava ao telefone e, nos ginásios da cidade, brilhavam professores como Francisco Rangel Pestana e Américo Brasiliense. No Clube Republicano, pontificavam nomes como Francisco Glicério, Francisco Quirino dos Santos e o futuro presidente Campos Sales. O Teatro São Carlos ainda guardava o cheiro de Sarah Bernhardt, que ali se apresentara três anos antes. Havia dois anos, o imperador estivera na cidade para inaugurar a Estação Agronômica, o hoje mais que centenário Instituto Agronômico de Campinas. Vicejavam no ar vagas idéias separatistas e vivia na cidade Alberto Sales, autor de um libelo que defendia a idéia de uma “pátria paulista” tão viável quanto a Dinamarca, a Suíça e a Grécia. Nesse projeto, caberia a Campinas o papel de uma Zurique temperada. A febre pôs abaixo tais projetos e retardou o passo da cidade e dos ocupantes de seus ricos palacetes. Curiosamente, a primeira vítima fatal foi uma professora suíça, Rosa Beck, que chegara com planos de lecionar. Quando desfaleceu o pianista Caetano Viggo, talento campineiro, em pleno Teatro São Carlos, a epidemia já estava instalada. Campinas tornou-se uma cidade fantasma. Nas noites escuras, as esquinas eram clareadas por barricas de alcatrão a que se ateava fogo, pois acreditava-se afastar assim os miasmas de uma epidemia cujas causas eram desconhecidas. Oswaldo Cruz ainda estava em cueiros.
Ao cabo de dois meses, tinham morrido cerca de mil pessoas. Às vezes, as carroças do assustador ‘Desinfectório Central’ eram usadas para recolher cadáveres. Em outras, transportavam os doentes. Foi preciso uma campanha dos jornais da Côrte para que o imperador acordasse de seu sono e enviasse uma comissão sanitária (há uma praça em Campinas chamada Imprensa Fluminense, em homenagem a esses “publicistas”). Lá, um dia, alguém teve a idéia luminosa de que, desconhecendo-se o vetor, talvez se devesse eliminar as poças d’água que coalhavam as ruas.
Deu certo. A febre retrocedeu. Não por acaso, desde então, o saneamento básico é prioridade em todos os programas de governo para a prefeitura da cidade. Ainda que depois pouco se cumpra, nenhum candidato deixa de pagar tributo retórico à lição do passado.
Campinas, hoje, soma 1 milhão e 200 mil habitantes. É um notável centro econômico, tecnológico e científico. O principal elemento de seu brasão de armas é a figura de uma Fênix, a ave mítica que renasce das próprias cinzas.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Nem toda comunidade é favela - Central Park

Nem toda comunidade é favela


Marcos Sá Corrêa*


Antes de pôr os pés no Rio de Janeiro, propriamente dito, a cabeça estava em casa. A bordo do táxi, saindo do aeroporto, uma voz feminina repetia sem parar o chamado da central de atendimento, pedindo um carro para pegar um passageiro “na comunidade do Borel”. Sem resposta. Apesar do eufemismo, que desfila nos dicionários na ala das palavras “concordância” e “harmonia”, faltava um motorista, na manhã ensolarada, para subir a favela, numa hora em que o carioca deu para chamar de comunidade o que parece anti-social. E a moça insistiu, em vão, até o fim da corrida.

Na outra ponta da viagem, ficara a lembrança de outro modelo de comunidade, o da Conservancy, que cuida do Central Park para o Departamento de Parques e Recreação da prefeitura de Nova York. Ela também é o resultado de uma reação espontânea à falência da administração pública.

Surgiu nos anos 1970, quando os jardins viraram terra batida, os monumentos se escondiam atrás de pichações e era difícil passar por baixo das pontes sem ouvir, com sorte, pelo menos uma oferta de maconha. Nos bosques e lagos ao norte da Rua 103, recomendava-se nem pisar. E áreas inteiras do parque corriam o risco de ser privatizadas por adolescentes que, onde bem entendiam, demarcavam seus campos comunitários de beisebol.

INICIATIVA

Foi quando a Conservancy resolveu, literalmente, botar as mãos naquela mixórdia. Hoje, dois terços do orçamento que mantém o Central Park vêm dos US$ 20 milhões que a turma arrecada anualmente, passando o chapéu entre famílias endinheiradas, empresas, fundações “e usuários como você!”, como proclamam as placas que a entidade espalhou nas alamedas.As taxas de adesão começam em US$ 35 por ano e ajudam a manter os 250 funcionários e 3 mil voluntários que trabalham nessa restauração sem fim.

Desde 1980, a Conservancy investiu nesse programa US$ 350 milhões. Mas não entra só dinheiro nessa equação. Vieram junto pessoas que, de ancinho na mão, varrem folhas secas na relva com cara de quem poderia supervisionar o serviço do alto de suas coberturas na 5ª Avenida. Os banheiros públicos, além de sabonete e papel higiênico, têm agora quadros na parede. O domingo enche de turistas também o Charles Dana Discovery Center, no Harlem Meer.Nada está fora do alcance, desde que os índices de violência caíram no Central Park a menos de um décimo do que eram 20 anos atrás.

O que não seria nada demais, se o jornalista Adam Gopnik, espantado com a calma de Nova York, não escrevesse em um livro recente que ela se tornou “uma cidade de carrinhos de bebê” e se os esquilos do parque também não tivessem perdido ultimamente o hábito de abordar visitantes, mendigando comida.

Esse, sim, deve ser sinal dos tempos. Como os 25 milhões de seres humanos que percorrem o parque todo ano, os bichos dão a impressão de que se espalham cada vez melhor naqueles 3,4 quilômetros quadrados, por sinal um território menor que o do bairro de Copacabana.

Ali já se registrou a presença de 275 espécies de aves, até mesmo papagaios sul-americanos, que se aclimataram ao frio de Manhattan.Riqueza de fauna costuma ser um privilégio da vida nos trópicos. Mas, no Central Park, pelo menos, qualquer um pode se apresentar no Henry Luce Observatory, aquela imitação de castelo em frente ao Museu de História Natural, pegar emprestada uma mochila com binóculo, caderno de anotações e guia de campo, e engrossar instantaneamente uma das comunidades que mais proliferam atualmente nos Estados Unidos - a dos observadores de aves, porque nem sempre comunidade é sinônimo de favela.


* É jornalista e editor do site O Eco (http://www.oeco.com.br/)


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Açaí de palmito juçara é opção à extração ilegal

Reportagem do Estadão de 09/01/2008, muito interessante e alvissareira. A questão do palmito juçara parece sempre insolúvel. Sua extinção total é sempre um temor. Da minha parte eu tomei uma decisão, eu adoro palmito mas não como mais, nenhum, não dá para saber sua procedência, se é ilegal ou de manejo, então fazer o que? não como mais.


'Açaí' de palmito juçara é opção à extração ilegal
Ambientalistas e pesquisadores querem estimular consumo da polpa para controlar exploração predatória de espécie típica da mata atlântica


Herton Escobar, SÃO LUÍS DO PARAITINGA


A receita para salvar uma das espécies mais ameaçadas da mata atlântica pode ser uma tigela gelada coberta com granola e fatias de banana. Pesquisadores e ambientalistas querem transformar a palmeira juçara no açaí do Sudeste. A espécie, cobiçada por seu palmito tenro e saboroso, produz frutos quase idênticos ao da palmeira amazônica, com uma polpa tão arroxeada e energética quanto a do açaí. Mas não é aproveitada dessa forma.Todas as tentativas de promover a produção sustentável do palmito juçara fracassaram. Não por uma questão técnica ou ambiental, mas de segurança. As plantações são presa fácil para palmiteiros, que invadem as fazendas e roubam o palmito - assim como fazem em praticamente todas as unidades de conservação da mata atlântica, os últimos refúgios da espécie, ameaçada de extinção.A estratégia agora é passar da exploração do palmito para a da polpa das sementes, a exemplo do que é feito com o açaí da Amazônia. A diferença crucial é que a extração do palmito mata imediatamente a planta, enquanto a coleta dos frutos mantém a palmeira viva e apta a se reproduzir, sem perturbar o equilíbrio ecológico da floresta.No Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, no Vale do Paraíba (SP), um projeto distribui 35 mil mudas de juçara para 30 proprietários rurais do entorno, nos municípios de Natividade da Serra e São Luís do Paraitinga. Cada um recebe 1.200 mudas, suficientes para semear 1 hectare. Com cerca de 15 centímetros, as palmeiras são plantadas em fragmentos de floresta cujas juçaras originais foram dizimadas por palmiteiros.Em 12 anos , as plantas estarão aptas para a primeira colheita. Segundo o engenheiro florestal João Paulo Villani, gestor do núcleo e idealizador do projeto, uma palmeira adulta com quatro cachos pode produzir 10 quilos de sementes por ano. A renda com o comércio da polpa seria de R$ 25 a R$ 30 por árvore/ano - mais do que se obtém pelo palmito in natura, com a vantagem de ser uma cultura perene.Além de valorizar economicamente a espécie, a produção de polpa seria uma forma de estimular a conservação e o reflorestamento. O palmito juçara precisa de um ambiente sombreado para crescer, e o melhor lugar para semeá-lo é a própria mata. Os fragmentos em que as mudas estão sendo plantadas foram selecionados para formar um corredor ecológico, conectado a matas ciliares para facilitar a dispersão da espécie.“A idéia é que esses fragmentos se tornem ilhas de biodiversidade”, afirma Villani. “Há uma série de espécies que entram e saem do parque por meio das matas ciliares.” A palmeira juçara, segundo os especialistas, é uma espécie-chave na ecologia da mata atlântica. Está na base da cadeia alimentar de dezenas de aves e mamíferos, assim como dos animais que se alimentam deles.O projeto, Semeando Sustentabilidade, é uma parceria da Fundação Florestal com a organização social Akarui. “Só tem juçara onde tem floresta, não dá para plantar em qualquer lugar, como se fosse eucalipto”, ressalta Nilson Máximo, da organização SOS Mata Atlântica. EM FAMÍLIAA palmeira juçara (Euterpe edulis) e o açaí (Euterpe oleracea) são espécies irmãs - tão próximas que podem até cruzar. Quem já consumiu a polpa de juçara diz que ela é praticamente idêntica ao famoso “açaí na tigela”.Em Santa Catarina, onde o produto foi “inventado” a partir de um projeto de pesquisa, o “açaí de juçara” já é comercializado há vários anos, como se fosse açaí da Amazônia. “É tão parecido que não dá para distinguir um do outro”, diz o biólogo Ademir Reis, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que pesquisou a espécie por mais de 20 anos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Já saiu o troféu Cara-de-Pau 2008

Nem bem começou o ano e o troféu cara-de-pau 2008 já tem dono. É da HONDA.
De quebra leva também o troféu Peso-na-consciência-ambiental.
A Cara-de-pau da Honda está publicando em várias revistas a propaganda de duas páginas abaixo.

Olha só os que os publicitários tiveram coragem de escrever: "Tem gente que pensa na natureza nas horas vagas. A gente pensa também quando está trabalhando".

É muita consciência pesada.

Tudo o que a Honda produz, desde a década de 40, é totalmente dependente de energia não renovável e poluidor. Se eles por acaso quisessem neutralizar todo o CO2 emitido por todos os seus carros, motos e motores, teriam que plantar árvores em todo o sistema solar.

Tudo bem que a Honda tenha desenvolvido seu negócio, tenha acionistas, gere milhares de empregos, mas forçar a barra e propagandear que eles só pensam na natureza o tempo todo é muita CARA-DE-PAU.