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domingo, 22 de abril de 2007

Bico-de-lacre (Estrilda astrild)

Mais uma vez recorro a um texto do Eurico dos Santos, do livro Pássaros do Brasil, que na página 168 escreve com maestria e humor sobre os Bicos-de-lacre:
"Possuí um casal durante algum tempo, morrendo o macho ou a fêmea (não posso afirmar qual deles), mas o sobrevivente suportou heroicamente o revés e alcançou uma velhice que reputo matusalênica. Contando o tempo desde que o recebi de presente até a morte, decorreram 18 anos. Não sei quanto já vivera antes de me ser dado. Ora, Brehm diz que resistem 8 anos, e assim, sendo, o a que me refiro era um macróbio respeitável. Ao fim da vida, já não subia mais para o poleiro, nem entoava os seus pi-ti--tu-i, pi-ti-tu-i. Em redor do bico cresceram-lhe cerdas, dando-lhe o aspecto de um velho africando minúsculo e barbudinho.
E assim, expirou, caquético e senil, ao fim de uma vida tranquila."



Um comentário:

Anônimo disse...

há muito tempo que não lia uma história tão encantadora.
parabens

obrigao